domingo, 10 de junho de 2012

Semaninha Agitada

Ai que coisa boa começar a semana contando estórias...Aí vai a minha agenda dessa semana:
dias11/06 e 13/06 as 14 hs.Livraria Paullus,na  Rua.Cel. Cascudo,Centro ;
 dia 15/06 as 11:15 hs na Cooperativa Cultural ,UFRN;
 Dia 16/06 as 16 hs. na Livraria Nobel,Salgado Filho...
Venha e traga toda a família,são estorinhas pra crianças de todas as idades!!!!!

sábado, 9 de junho de 2012

Um Conto Verdadeiro...


A História de Amor do Príncipe do Tirol e a Princesa Flor sem Espinhos


           Essa história se passou no reino da Noiva do Sol, lugar muito bonito cercado de natureza, com belas praias, dunas e grandes cajueiros. Certo dia Luís, o Príncipe do Tirol, ainda menino, chegou para a sua mãe, a Rainha Ana, e disse que havia sonhado com uma menina, com quem iria casar, a Rainha vendo-o ainda menino sorriu e voltou a cuidar do seu canteiro de dálias, flor de sua predileção.
           O príncipe cresceu, mas, jamais esqueceu a imagem da menina com quem sonhara. Viajou para estudar em outros domínios, fez muitas amizades e como sempre fora muito inteligente e simpático vivia cercado de amigos.
           Algum tempo depois de terminar seus estudos, já de volta a casa do pai, reencontrou um amigo com quem estudara nos domínios do Leão do Norte que estava hospedado no palácio de um tio no reino próximo, o príncipe então prometera fazer-lhe uma visita. Dias depois se lembrando de sua promessa, o príncipe Luís, mandou arrumar a carruagem e partiu para visitar o seu estimado amigo.
           Ao chegar ao reino, foi recebido por uma bela menina-moça,quando a viu,seu coração bateu desesperadamente, sua boca ficou seca, sentiu as pernas fraquejarem e do fundo do seu coração surgiu uma certeza absoluta de que já a conhecia. A menina aproximou-se e convidou-o a entrar e apresentou-se:
-Bom dia!Entre, acomode-se e fique a vontade, eu sou a princesa Dahlia.
E o Príncipe recobrando a cor respondeu:
-Obrigado senhorita. Eu sou o Príncipe Luís, também conhecido como Príncipe do Tirol.
-Encantada, vou avisar ao meu primo que o senhor chegou. Com Licença.
E saiu delicadamente, deixando o Príncipe do Tirol encantado com sua beleza, educação e delicadeza, Dahlia, esse era seu nome, a Flor sem espinhos...
           E logo que seu amigo, o conde D’Outro Lugar apareceu, ele quis saber tudo, estava completa e perdidamente apaixonado por Dahlia. O conde então lhe contou que ela era a filha mais nova do seu tio, o Rei José Teotônio, e que ele jamais permitiria tal aproximação, pois ela era praticamente uma criança.
           A Princesa Dahlia por sua vez, também se encantara pelos lindos olhos verdes do príncipe, e como ele era elegante, tão bem vestido, sempre de chapéu, bengala e com uma flor na lapela do paletó.
-Ai!!Suspirava ela. Que belo Príncipe!
Suas irmãs riam da paixão da caçula, achando que aquilo era fogo de palha.
           O príncipe Luís não tirava a princesa da cabeça, a quem chamava carinhosamente, Flor sem espinhos, estava decidido que iria conquistá-la e que ela seria sua esposa. Voltou para casa pensando em como faria para conseguir. Ao chegar ao palácio foi ter com a rainha sua mãe, e contou que tinha encontrado com a menina com quem sonhara na infância, seu nome era Dahlia, e era filha do rei José Teotônio e da Rainha Leopoldina que moravam num reino próximo, o rei Francisco seu pai já ouvira falar desse rei, dizem que é muito rígido, comentou. Mas Luís estava decidido e desse dia em diante passou a usar na lapela do paletó uma dália, e passava várias vezes na semana com sua carruagem em frente ao castelo na esperança de ver a princesa,esta quando percebeu,passou a ler todas as tardes na sacada do palácio só para vê-lo passar.
           Mas o rei José Teotônio, não permitiria o namoro, pois Dahlia era muito nova e suas irmãs é que estavam na idade de arranjar pretendentes, apesar de todas serem moças muito prendadas, afinal a rainha Leopoldina não descuidava da educação das filhas, que estudavam piano, francês e pintavam telas.Dahlia então passou a fazer questão de ir com os pais e irmãs aos bailes da corte,aprendendo a dançar e assim podendo ficar um pouco perto do príncipe Luís,suas irmãs ajudavam deixando o pai pensar que ele estava interessado em uma delas.
           E assim, durante algum tempo, eles foram se conhecendo e se apaixonando cada vez mais e mais, os pais da princesa foram conhecendo melhor o príncipe e começavam a gostar daquela aproximação. E então sempre que ia tocar em algum sarau, a princesa dava um jeito de avisar ao príncipe que aparecia com um ramalhete de dálias.
           Os amigos do príncipe não davam trégua, viviam lhe dizendo que Dahlia era muito nova, que ele deveria se interessar por uma moça mais velha, que ela ainda brincava de bonecas, mas ele não lhes dava ouvidos, e como forma de declarar seu amor incondicional, mandou de presente pra princesa uma linda boneca de louça, ela aceitou a declaração reconhecendo ali que o amor que os unia superaria qualquer obstáculo.
           Dois anos se passaram desde que se viram pela primeira vez, o Rei Francisco e a rainha Ana, pais de Luís, o príncipe do Tirol, foram até o palácio do rei José Teotônio que junto com sua esposa rainha Leopoldina, aguardavam com um belíssimo jantar o pedido da mão da princesa Dahlia em casamento para o príncipe Luís. Todos ficaram radiantes, afinal era a coroação do amor verdadeiro. Marcada a data, começaram os preparativos tudo tinha que sair perfeito...
           E no dia do casamento, Rainha Ana, Mãe do noivo, mandou trazer todas as dálias que houvesse no reino, para decorar a igreja, que ficou um sonho. Os noivos estavam lindos, o vestido da princesa era deslumbrante, de um branco puríssimo como as nuvens do céu, o príncipe não cabia em si de tanta alegria, e como sempre usava uma dália na lapela do paletó. O casamento foi o mais bonito de todos os tempos. Compareceram reis e rainhas, príncipes e princesas de todos os reinos magináveis e imaginários participaram da festa a princesa de Bambuluá, a princesa do sono sem fim, o príncipe lagartão, o rei dos pássaros e mais a mãe do vento, o curupira, a caipora, o saci pererê, a mãe d’água, o boitatá, entre outros.
           E quando terminou a cerimônia, houve uma grande festa que durou três dias, presente da Noiva do Sol, como homenagem aos noivos, seus ilustres moradores.
           O príncipe do Tirol e a Princesa Flor sem espinhos foram morar no mesmo palácio que se conheceram, presente dos pais da noiva, e lá tiveram dois filhos, um menino e uma menina. Lá criaram seus filhos, os viram crescer, casar e lá também viram nascerem seus netos e netas. Foram felizes para sempre e até hoje são, pois é assim que terminam todos os contos de fadas, até os verdadeiros. Como Esse!

...”Até eu fui convidada. Fiquei lá a noite inteira.
Por isso gente eu garanto. Que a história é verdadeira!”



terça-feira, 5 de junho de 2012

ESTORINHA JUNINA


Estamos no mês de Junho,das festas de colheita,ou juninas como costumamos dizer,embora esse ano não tenha havido inverno .Bom mas ,aí vai uma estória pra quem acredita em Santo Antônio também conhecido por ser o Santo Casamenteiro...Divirtam-se!Inté!

O SANTO CASAMENTEIRO

Conta-se que uma linda jovem chamada Cleonice, desesperançada de casar-se,sempre esperando por um noivo que nunca chegava,apegou-se com Santo Antônio, o Santo Casamenteiro.
Comprou uma imagem do santo,levou para benzer,fez-lhe um altar em sua casa e todos os dias prestava fervorosa devoção,dando-lhe um vintenzinho de promessa...
Música:Oração pra Santu Antôim  de Lêda Melo
Ai, meu Santu Antôim quirido,
Qué qui ocê andô fazendu
Qui isqueceu du meu pididu?
Vá logo mi socorrendu.
Abra bem us seus uvidu,
Tô vexada, ocê tá vendu.

Tanta vela qui acendi,
Tantu têiçu qui rezei,
As preméssa qui cumpri,
As vêiz qui mi ajueei.
Inté as conta perdi,
Dus pecadu qui paguei.

Num tenhu máis paciença
Pra pidí neim pra rezá.
Ocê vai mi dá licença,
Sêji pur beim ou pur má.
Pois mi bateu a discrença
Qui ocê qué mi ajudá.

Pódi num sê boa fé,
Máis u jeitu é eu fazê:
Li pindúru pelus pé
Inté ocê mi atendê.
Dispois num fáli qui é
Covardia cum ocê.

Quéru vê si dessa vêiz
Ocê num vai mi atendê!
Dou inté o fim du mêis
Pra módi arrecebê.
Si arresôrva di uma vêiz
I mi dê meu bem-querê.


Passaram-se semanas, meses, anos... E nada de casamento. O noivo tão sonhado não aparecera, nem corria voz de que algum mancebo, ou mesmo algum velhote teria por ela se interessado.
Depois de muita lamentação com sua velha mãe sobre o poder “miraculoso” do santo Antônio, agora posto em dúvida, pegou a imagem e no auge do desespero, atirou-a pela janela. Porém, na rua, embaixo de sua janela estava passando um belo cavalheiro chamado Policarpo, que recebeu em sua cabeça a imagem do santo, pegou-a intacta, Policarpo era um rapaz muito educado e vendo de onde tinha saído a imagem resolveu bater a porta para fazer a devolução,quando a porta abriu e ele viu Cleonice,ficou encantado,trocaram olhares e apaixonaram-se...
E dentro de alguns dias, aproveitando os festejos juninos, aconteceu o tão sonhado casamento.
“Até eu fui convidada, fiquei lá a noite inteira. Por isso gente eu te garanto que a história é verdadeira”

Tô perparandu quindim
I amendoim torradu
Pra isperá meu bemzim
Cum carim i cum agrádu.
Quéru festejá tudim,
Cum u meu xodó du ladu